A Origem
Para lá da exposição em si, a realização da Expo'98 constituiu a oportunidade para levar a cabo um ambicioso projecto de reconversão urbana e de requalificação ambiental, abrangendo uma extensa área de 330 ha, que apesar de profundamente degradada apresentava um extraordinário potencial de desenvolvimento, fruto da sua localização privilegiada.
​
Os critérios urbanísticos utilizados no Plano de Urbanização da Zona de Intervenção da Expo’98 foram os de uma cidade do século XXI, ordenada e concebida para os mais exigentes padrões de qualidade e conforto.
​
Respeitando esses critérios, tornava-se decisivo fazer opções sobre o tipo de infra-estruturas a instalar para servir a área. Teriam de ser infra-estruturas inovadoras, proporcionando uma elevada eficiência na prestação dos serviços urbanos e que tivessem como prioridade a defesa e a protecção do ambiente.
​
Foi neste contexto que surgiu a ideia de dotar a área com uma Rede Urbana de Frio e Calor. Através deste sistema, os edifícios da Zona de Intervenção da Expo’98 receberiam a energia indispensável para satisfazer as suas necessidades de aquecimento e arrefecimento ambiente, bem como para a produção de águas quentes sanitárias.
Construção do depósito de água arrefecida da Central de Trigeração
Actualmente a distribuição de energia térmica é assegurada por uma rede de 4 tubos com mais de 21 km de extensão, satisfazendo as necessidades de conforto de muitos milhares de clientes.
Actualmente, os clientes da CLIMAESPAÇO repartem-se da seguinte forma:
50 edifícios do sector terciário (comércio, escritórios e hotelaria), com uma potência global de 36 MW em frio e 20 MW em calor.
20 edifícios de equipamento, com uma potência global de 20 MW em frio e 17 MW em calor.
Cerca de 4.000 clientes do sector residencial, situados em várias dezenas de edifícios, com uma potência global de 23 MW em frio e 44 MW em calor.
Eliminar-se-iam desta forma os tradicionais equipamentos de ar condicionado, bem como caldeiras, esquentadores e outros equipamentos de produção de energia térmica.
Em 1995, a Parque Expo’98 lançou um concurso internacional para a concepção, construção, financiamento e exploração de um sistema de produção e distribuição urbana de energia térmica.
​
Vários foram os grupos que se apresentaram a este concurso, estando entre eles um consórcio formado pelas sociedades Elyo, Climespace, Gaz de France International e RAR Ambiente. Este foi o consórcio que venceu o referido concurso, dando assim lugar à constituição da CLIMAESPAÇO, a 28 de Dezembro de 1995.
​
Iniciou-se, então, o processo de concepção e construção do projecto, da responsabilidade da CLIMAESPAÇO, e que contou com uma equipa de técnicos de elevada competência e de uma dedicação extraordinária. Só assim foi possível construir, em menos de 2 anos, um sistema de grande dimensão e de elevada complexidade, que entrou, parcialmente, em serviço no mês de Maio de 1997, para estar integralmente acabado à data da inauguração da Exposição Universal de Lisboa, que se verificou a 22 de Maio de 1998.
Construção de uma rede de distribuição
Entre muitos outros clientes, a CLIMAESPAÇO serve actualmente o Centro Comercial Vasco da Gama, o Oceanário de Lisboa, o Hospital CUF Descobertas, o Casino Lisboa, o Pavilhão Atlântico, a FIL, as sedes da Vodafone, Optimus, Microsoft, IBM, Novabase, Sony, Sport TV e AXA, todos os hotéis e edifícios de escritórios do Parque das Nações, bem como uma parte importante dos edifícios residenciais desta zona da cidade.
​
Embora ainda jovem, o projecto desenvolvido pela CLIMAESPAÇO no Parque das Nações é já, indiscutivelmente, um caso de assinalável sucesso, proporcionando aos clientes um serviço de grande qualidade, contribuindo para a afirmação do Parque das Nações como um dos principais pólos de atracção da cidade de Lisboa e ajudando o país a economizar energia e a reduzir as emissões poluentes.
​
Contamos com os nossos accionistas, com os nossos colaboradores e, sobretudo, com os nossos clientes para continuar a escrever esta história de sucesso.